olimpíadas 2016

presidente do cob

Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman será o responsável junto à cupula do COB por definir o destino de 80% do valor total de lucro do evento caso não haja prejuízos, enquanto os outros 20% serão repassados ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

A ordem foi estabelecida pelo estatuto dos Jogos Rio-2016, que já tem a aprovação das confederações e determina que 20% do valor de lucro sejam repassados diretamente ao COB, com a devolução de outros 20% ao COI, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

Enquanto isso, Nuzman vai propor à diretoria do comitê organizador, formado pelo próprio presidente do COB, além de quatro vices indicados pela mesma entidade e outro vice que será o secretário-geral do COB, para onde serão repassados os 60% restantes do lucro. É obrigatório pelo estatuto que a verba seja aplicada no desenvolvimento esportivo no Brasil, assim como ocorreu em outras edições de Jogos Olímpicos.

Apesar de estar previsto no orçamento dos Jogos que os governos municipal, estadual e federal enviem R$ 1,384 bilhão ao comitê organizador, as três esferas públicas estão excluídas dos lucros e também dos direitos de decidirem o destino dos valores.

Apesar de haver membros do governo no Conselho Executivo do Rio-2016, Nuzman tem quatro aliados no órgão e assim se torna majoritário. As confederações, que formam uma assembleia responsável pela aprovação das contas, também ficaram de lado na decisão, já que todas as cotas do Rio-2016 pertencem ao COB.

De acordo com a assessoria do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016, o destino dos lucros da Olimpíada é decidido seguindo o contrato do Rio de Janeiro com o COI, o chamado Host City Contract, e a participação dos governos é minoritária no orçamento do comitê.

"Qualquer excedente será dividido de acordo com o determinado no Host City Contract, elaborado pelo COI: 20% para o Comitê Olímpico Nacional, 20% para o COI e 60% para aplicação em benefício do esporte no país-sede de acordo com o determinação do comitê organizador em parceria com o Comitê Olímpico Nacional [COB]", explica o COB.

Nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, a China revelou que seu comitê organizador teve lucro de US$ 146 milhões (R$ 268 milhões). O valor é equivalente ao recebido pelo COB em quatro anos de ciclo olímpico para aquela edição dos Jogos, por meio da Lei Piva.

 

 

VINICIUS MENDES