O norte-americano Kelly Slater ainda não se cansou do sabor das vitórias e, mesmo com 38 anos, segue competindo no circuito mundial, agora em busca do décimo título do WCT. Mas, após tantas conquistas, o surfista reclama da perseguição que sofre nas competições e admite odiar este aspecto de sua fama.
"Agora a perseguição está exagerada, nunca tinha vivido isso. Simplesmente odeio isso", afirmou o surfista eneacampeão do circuito, ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele mostra estar cansado das câmeras e do assédio dos fãs.
Ainda assim, a vontade de vencer ainda existe. "Amo o que eu faço e a motivação eu encontro no caminho. Algumas vezes é por viver uma disputa pessoal com outro surfista. Outras, ao perceber que ainda tenho muito a aprender com a vida. Essa é a forma como funciona", explicou.
Para conquistar o décimo título, a estratégia do surfista é não exagerar nas expectativas, tentando aos poucos seus objetivos. Slater é o terceiro do ranking mundial atualmente.
Slater fez elogios com cautela aos brasileiros, no país que foi palco de três conquistas - em 1997, 2003 e 2009. "Amo o Brasil, as pessoas daí são muito apaixonadas, às vezes um pouco invasivas, exageradas no assédio. Mas com certeza é um lugar que gosto muito e que teve papel importante na minha vida", afirmou o norte-americano.
Para o surfista, os brasileiros estão evoluindo rapidamente e em breve podem ter chances de um título mundial.
"Você precisa ser capaz de estar entre os melhores em todos os tipos de condições e tamanhos de surfe. Surfar é uma arte e há muitas linhas diferentes para desenhar em uma onda", disse ele, que falou especificamente de Adriano de Souza, o Mineirinho. "Ele está evoluindo e obviamente tem habilidade para vencer eventos e bater os melhores surfistas do mundo."
Vinicius mendes